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Modismo ou ciência? Retirar ou não o glúten da alimentação?

Olá Pessoal!

A pedidos, resolvi falar sobre um assunto que está bastante na moda, – o “glamour” do glúten!

Recentemente, fui ao Rio Open (torneio de tênis), onde gravei o vídeo sobre glúten por pura inspiração, pois quero contar uma história para que vocês possam entender que, o que se fala sobre glúten não é só moda, mas ciência.

 

 

Acredito que vocês conheçam um tenista chamado Novak Djokovic. Apesar de uma carreira brilhante e com muitos títulos, Djokovic não tinha uma história de boa performance. Seus jogos, muitas vezes, foram marcados por sintomas como falta de ar, problemas estomacais, dores e lesões frequentes.

Hoje, o tenista lidera o ranking mundial com grande performance, sem os referidos sintomas e com muita saúde. Essa mudança foi graças a um diagnóstico que mudou a sua vida, – a doença celíaca –  uma doença autoimune que que afeta o intestino delgado e caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten. Ou seja, ele precisou deixar de comer o glúten para ser o número 1, pois o alimento não era indicado para ele e prejudicava a sua saúde. Entendem o quanto a sua alimentação pode fazer uma grande diferença na sua vida?? É lindo isso!

Bom, você pode estar pensando em retirar o glúten da sua vida, certo? Pois é, as dietas isentas de glúten viraram “febre”, principalmente para aqueles que desejam emagrecer, pois muitos obtiveram resultados positivos com a retirada do glúten (atletas, artistas, etc) e isso vem sendo divulgado na mídia. De fato, posso afirmar que não é moda, mas puramente muita pesquisa sobre os alimentos que contêm glúten e seus compostos alergênicos e associações com diversas doenças e sintomas.

Mas, afinal, o que é glúten?

O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia (este último por contaminação). Essa proteína contém um aminoácido chamado gliadina, responsável pelos diversos sintomas e doenças.

Há três condições principais: a doença celíaca, alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten, que são diferentes em seus mecanismos no organismo. Abordarei apenas sobre a sensibilidade, pois na doença celíaca e alergia deve haver a retirada do glúten, não tem jeito. Como estamos falando sobre a dúvida de retirar ou não o glúten da alimentação, vou focar apenas na sensibilidade.

Para entender esse mecanismo de sensibilidade (a mais frequente na nossa população), de uma forma resumida, ocorre que essa proteína não consegue ser digerida pelo nosso sistema digestivo. Assim, ela passa pela barreira intestinal intacta, ou seja, na forma de uma proteína e não de um aminoácido, que é a proteína “quebradinha”, digerida, pronta para ser absorvida e aproveitada pelo nosso organismo. Ao passar pela barreira intestinal intacta, cai na corrente sanguínea e o nosso sistema imune “entende” como um agressor, assim como uma bactéria ou vírus. E isso vai acontecendo repetidas vezes, nosso sistema imunológico começa a desencadear respostas imunológicas contra o alimento mal digerido, acarretando as desordens e doenças.

Os sintomas mais frequentes da sensibilidade ao glúten são: diarréia ou prisão de ventre, enxaqueca, sinusite, asma, bronquite, distenção abdominal e flatulência, aumento da gordura abdominal, fadiga, confusão mental, depressão, hiperatividade, dores articulares e dormência nos pés e mãos.

 

 

Retirar ou não o glúten da alimentação?

Bem, com o que temos HOJE de informação, afinal a ciência sempre tem novas descobertas e o alimento também sofre suas transformações ao longo do tempo, a MINHA conduta é retirar o glúten para aqueles que possuem indicações para a retirada. Se você tem doença celíaca, a retirada é para sempre, pois ainda não temos a cura para a doença.

No caso da sensibilidade ao glúten cada pessoa irá responder de uma forma diferente ao tratamento e por isso deve ser avaliada de forma individualizada.

Para quem não tem problemas associados ao glúten, ainda sugiro a moderação no consumo e a inclusão de alimentos bem variados no seu dia-a-dia.

O grande problema na nossa população é o consumo exagerado, não só do trigo, mas de vários alimentos, como o leite, por exemplo.

Achamos normal comer pão no lanche, almoço e jantar e biscoitinhos o dia inteiro e todos os dias! Frutas, legumes, feijão, etc, passam longe! As pessoas não têm variedade na alimentação, não comem o que deveriam comer para manter um corpo saudável, com nutrientes suficientes, barreira e flora intestinal íntegros, boa digestão, boa imunidade e tudo mais.

Outro aspecto importante é que não é só retirar o glúten, pois há diversos outros alimentos que também pode provocar os mesmos distúrbios, mas sim, identificar o que te faz mal e comer o que faz bem, se cuidar em todos os aspectos. Simples assim!

Veja o vídeo no canal do Youtube sobre este assunto!

 

 

Foto imagem destacada: iTinette – Bread and roses

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